Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Rui Pires da Silva

O segredo está na paixão com que fazemos as coisas.

Rui Pires da Silva

O segredo está na paixão com que fazemos as coisas.

05
Fev20

Banco de Portugal aperta regras: já não pode pedir crédito pessoal a mais de 7 anos

mw-860.jfif

 

Prolongamento das maturidades leva supervisor a mexer nos limites ao crédito pessoal. Nada muda no crédito à habitação nem no crédito automóvel

Apartir de abril, quando um cliente quiser pedir um novo crédito pessoal, vai enfrentar um limite que não tinha até aqui: o banco só poderá dar empréstimos até 7 anos. Para continuar a poder ter empréstimos a 10 anos, é preciso comprovativo e só será possível para crédito para saúde, educação e energias renováveis.

Há ano e meio que o Banco de Portugal determinou limites aos novos créditos à habitação e ao consumo. Agora, o supervisor decidiu que deveria atuar novamente dentro do crédito ao consumo, excluindo daí o crédito pessoal.

“Face aos riscos observados no atual enquadramento, o Banco de Portugal, na qualidade de autoridade macroprudencial e por deliberação do conselho de administração de 28 de janeiro de 2020, decidiu reduzir a maturidade máxima das novas operações de crédito pessoal para 7 anos”, revela o comunicado do supervisor sobre a alteração da recomendação deixada aos bancos sobre os novos contratos de crédito celebrados com consumidores.

Até aqui, o limite máximo era de operações até 10 anos. Há alguns empréstimos pessoais que vão poder continuar a ter esta maturidade, mas será exigido comprovativo (o que não acontece até aqui).

“Excetuam-se os créditos com finalidades de educação, saúde e energias renováveis, cuja maturidade máxima continuará a ser 10 anos, desde que estas finalidades sejam devidamente comprovadas”, esclarece a nota.

De fora desta medida continuam a estar as operações até 10 salários mínimos (6.350 euros), pelo que só acima deste montante é que há impacto.

O crédito automóvel e o crédito à habitação - também alvos da medida macroprudencial que existe desde 2018 - não sofrem nenhuma modificação. No crédito à habitação, não há mudança mesmo apesar de os bancos estarem a dar crédito ao ritmo mais elevado desde antes da crise financeira.

Havendo este limite, há possibilidade de os bancos, não podendo estender os créditos no tempo, aumentarem os juros associados e aí subir a taxa de esforço. Assim, o Banco de Portugal diminuiu também as exceções a que os bancos podem acorrer na hora de olharem para a taxa de esforço (rácio entre o montante da prestação de todos os créditos do mutuário e o seu rendimento).

ALERTA NAS MATURIDADES

Apesar de a medida que existe desde julho de 2018 ser destinada aos particulares (portanto incluindo não só crédito automóvel e crédito à habitação), apenas o crédito pessoal é apanhado por esta alteração. Desde logo porque os empréstismos com maturidades entre 7 e 10 anos foram aquelas que mais peso ganharam nos últimos trimestres. O que foi um sinal para que o Banco de Portugal concluísse que este endividamento exigiria mais cuidados.

Da parte dos bancos, o prolongamento das maturidades serve, precisamente, para permitir que famílias com menos capacidade creditícia consiga obter empréstimos - que são as mais vulneráveis numa situação de crise.

O crédito ao consumo está concentrado nas pessoas com rendimentos mais baixos – ao contrário do crédito à habitação, em que há uma maior dispersão por todas as classes de rendimentos -, estando por trás desta decisão.

Foto: Inês Duque

Todos os direitos reservados: Jornal Semanário Expresso / Economia

Rui Pires da Silva, nasci ao décimo mês do ano de 1984 e sou natural do Lugar de Paçô de Cedrim, Concelho de Sever do Vouga. Resido em Ovar desde 2017, ano em que casei com uma bela Vareira. Amante de gastronomia, sou Confrade da Confraria Gastronómica do Concelho de Ovar. Nos meus curtos tempos livres, entre ver televisão, ler e ouvir música, adoro recarregar energias numa bela esplanada, preferencialmente com vista para o mar. Sou, entre outras coisas, consultor imobiliário em Ovar.

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D

Mensagens

Pesquisar